sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pururuca de Frango

Nestes insossos dias atuais, onde reina o politicamente correto e as comidas light, falar de uma porção de pururuca de frango é praticamente uma heresia.

Pois bem, no final dos anos 80 eu costumava sair com dois amigos, João André e Carlinhos Joe. Íamos de vez em quando em um bar chamado Caicó, onde, além de jogar conversa fora degustávamos uma porção de pururuca de frango. Aquilo era uma maravilha, uma verdadeira iguaria que disputávamos cada palitada quase que a tapa. Certamente eram outros tempos.

Aquilo era simples, pele de frango temperada e frita até ficar bem crocante, depois era pingar um limão e pronto, mandar pra dentro. Um crime.

Depois nunca mais provei pururuca de frango, a porção simplesmente sumiu de todo e qualquer cardápio e sempre que lembrava e comentava com alguém parecia que eu era um monstro. "Como assim pururuca de frango, você já comeu isso? É um veneno, faz mal".

Pois bem. Ontem comprei algumas coxas e sobrecoxas de frango e tirei as peles para fazer com sucrilhos, tipo frango de pic-nic, para comer frio mesmo. Não resisti, temperei as peles com sal e pimenta do reino e coloquei para fritar em óleo bem quente. Sequei em papel toalha e coloquei limão. Meu Deus que maravilha!!!

Matei a vontade do pururuca de frango. Podem me condenar, mas minha consciência está tranquilíssima.

Música do dia:
- Overwhelming Colorfast_It´s Tomorrow (link)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Colocando o Blog em ordem

Agora que consegui manter um ritmo bom de produção do blog senti a necessidade de começar a organizar as coisas. Este blog não tem um tema específico, é um blog bem pessoal, das coisas que gosto e situações que vivencio. Por um lado é bom, pois posso falar sobre o que quiser, mas por outro lado os assuntos podem descambar e virar uma miscelânea sem sentido.

Estava convesando sobre isso com meu amigo Fabio Valinhos que tem um blog bem específico sobre modelagem 3D, Cad e Blender (o For Seven), mas onde ele também acaba, vez ou outra, falando de outros assuntos. Mas o foco dele é sempre o mesmo.

No meu caso não conseguiria falar só sobre música ou só ficar postando receitas. E fazer vários blogs sobre os temas que quero falar não faz nenhum sentido.

Para começar a organizar o blog criei mais um gadget com os temas do Lorde e tentei dividir nos assuntos que tenho escrito por aqui. Família, Música, Cinema, Livros, Receitas, Publicidade, Viagens. Estes não tem dúvida do que tratam. Além destes coloquei mais dois:

Cyber, quando eu escrever sobre novas tecnologias, softwares e assuntos da Internet, na verdade não consegui encontrar outro título que englobe tudo isso.

E Cotidiano, quando for escrever sobre assuntos e situações do dia-a-dia.

Assim o blog, mesmo não tendo um assunto definido, fica organizado.

Aliás, além deste gadget novo, também incorporei o podcast do Lord ao blog, que achei que ficou bem legal, com meu último podcast, podendo ser ouvido no player na página. A idéia sempre foi agrupar tudo mesmo (blog, podcast, etc...). Coloquei também os 3 posts mais vistos, desde que o blog começou.

Só para registrar, mesmo sem nenhuma divulgação e ficando alguns meses inativo o blog do Lorde já chegou a 700 acessos. Nada mal, isso também dá vontade de seguir escrevendo e aperfeiçoando o blog. Nem sei se este número de acessos é muito ou pouco, na verdade o blog é uma realização pessoal e se ainda tem algumas pessoas que lêem e aproveitam alguma coisa para a vida delas é mais gratificante ainda.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Jane's Addiction - Nothing´s Shocking (1988)

Coloquei este vinil para tocar depois de muito tempo. Ouvindo as músicas novamente (todas ainda guardadas claramente na minha cabeça) e degustando a capa e o encarte como nos velhos tempos, percebi como esse disco foi importante na época, um verdadeiro divisor de águas.

O ano era 1988 e para mim (e mais um monte de gente da época) só existia, basicamente, dois tipos de bandas para escutar: de Metal e de Punk. Tudo muito fácil de ser reconhecido e rotulado. Metal tinha os caras cabeludos e os solos de guitarra. Punk eram os caras de cabelo curto.

De repente, em uma revista de Metal, tinha um anúncio com os lançamentos da Warner. Entre outros discos de Metal estava Jane´s Addiction (Nothing Shocking) e Hüsker Dü (Warehouse). Na outra semana, passando pelas Lojas Americanas do Shopping comprei o Jane´s Addiction.

Aproveitando vou abrir um parênteses neste post para comentar que sou muito saudosista do tempo que comprava discos de vinil nos grandes magazines (Mesbla, Mappin, Sandiz, Americanas e na loja do Eldorado, supermercado que pegou fogo na Avenida Senador Saraiva, aqui em Campinas). Era um prazer imenso garimpar e sair com um vinil destas lojas. O do Hüsker Dü comprei no Mappin.

Mas voltando àquele dia, coloquei o disco na vitrola e o som era meio estranho, as fotos do disco muito mais. Roupas indianas, visual andrógino, maquiagem. Cabelos compridos e cabeça raspada. Aquilo não se encaixava em nenhum rótulo até então. Tinha um pouco de Led Zeppelin, era pesado, mas era funk e swingado também. Muitos solos do Dave Navarro.

Aquele disco não teve espaço definido na minha estante por um bom tempo. Nem falava para os meus amigos "do Metal" que tinha aquele disco.

Lógico que eu escutava outras bandas e discos que fugiam da dupla Metal e Punk mas eram discos de Rock, na forma mais tradicional e clássica da palavra. Mas foi Nothing Shocking (e também o Warehouse do Hüsker Dü) que abriu as portas para o que viria a se chamar de Indie ou Alternativo. O som que eu me enfiei nos anos 90.

O disco começa com a viajante "Up the Beach" e segue com a pesada e Zeppeliniana "Ocean Size". "Had a Dad" aumenta o ritmo do disco, pesada e dançante. "Ted Just Admite" começa bem viajante até o ápice com Perry Farrel gritando "Sex is violence" sem parar. A super dançante "Standing in the Shower" e sua letra engraçada é uma das melhores do disco e fecha o lado A.

Abrindo o lado B mais uma viagem com "Summertime Rolls". "Mountain Song" é a melhor do disco, mesmo com seu riff familiar (você ouve o mesmo riff na música de 84 "Run Rabbit Run" dos finlandeses do Smack, só como curiosidade). A metaleira com a participação de Flea está em mais uma dançante, "Idiots Rules". "Jane Says" é simples e fantástica, outro ponto alto do disco. Quando vi o show deles em 91 em Londres era ela que fechava o show com muita percussão. O disco termina com a brincadeira de "Thank You Boys". Na versão em cd ainda tem a música "Pigs in Zen" que estava no primeiro disco da banda o ao vivo "Jane´s Addiction".

A banda explodiu com o disco seguinte "Ritual de Lo Habitual". E como toda banda de sucesso meteórico a coisa desandou. A banda acabou na sequência. Mas isso é outra história. Muita coisa se passou Lollapalloosa, Chilli Peppers, programas de tv, Porno for Pyros até a banda se reunir novamente.

Você ouve Mountain Song do Jane´s Addiction aqui. (link)



Você escuta Run Rabbit Run do Smack aqui. (link)



E você pode baixar o Nothing´s Shocking aqui.